A pandemia e a Poesia
Em tempo de pandemia, melancolia
sem remédio que cure o tédio
as pessoas se readaptam no medo,
da forma que podem, choram, sério
A velha atividade poética voltou à tona
Até mesmo a inspiração da tonicidade e rima
Que seja literatura ou mesmo que influencie
vale ocupar o espaço da mente urgente
Para NÃO ficar doente ou demente
Escrever é um vício bom e maneiro
Escrevo o dia inteiro e o inteiro do dia
Se é bom e será lido pouco me interessa
Estou leve e livre de censura agora
Eu preciso esquecer a ociosidade da hora
Em mim explode de dentro pra fora
Revolta , amor ou o que quer que esteja dentro
Se minha palavra salva ou encontre alento
Vá de encontro ou desconte das palavras
O importante é que preciso delas como as lavas
Que necessitam da carne para sobreviver
A palavra cognata, falsa ou imprudente
Partida, triste, alegre, perversa ou decadente
Que mesmo assim, faça uma arte decente!!
Corro, grito, divido , multiplico ou somo
Acredite no que digo é macia como o gume
De uma laranja doce e amarelinha, costume
A única coisa que quero é uma palavra- lume
Para atenuar o sofrimento que o mundo vive
Queria desviar a atenção dessa praga da COVID!!!
Fátima Sá Sarmento
Enviado por Fátima Sá Sarmento em 29/08/2020
Alterado em 17/09/2020
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